O que fazer com esse sofrimento atroz
Que dilacera teu peito
Vem de não sei onde
E vai pra lugar algum?
Chora todas as tuas lágrimas
Queima o teu peito em brasa
Veste a tua falsa amarra
E sorria com a tua cara pálida.
Bebe teu vinho barato
Acorda com teu rosto marcado
Respira como lhe foi mandado
E reconheça teu imenso estrago.
Norteia tua maldita farra
Limpa a tua boca amarga
Amanheça com teu corpo nu
E abra teus olhos que isso não és tu.
Arruma teus cabelos
Pinta tuas unhas de vermelho
Amanhã tu serás a mesma
A jovem mulher em solidão.
Se arrastando pelo eterno chão
Destruindo tudo de grão em grão
Sedenta em busca de uma mão
Odiando tudo totalmente em vão.
T.L. - quinta-feira - 20/08/2009 - 23h52
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